quarta-feira, 23 de março de 2016

Mudança de marcadores inflamatórios pela dieta nórdica. By VP Consultoria Nutricional


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O consumo de ácidos graxos essenciais – como o ômega 3 – tem sido relacionado com a redução no risco de doenças inflamatórias, como as cardiovasculares, câncer, neurodegenerativas, entre outras1,2.
Esta atuação é justificada pelas funções celulares, que são otimizadas na presença de ômega 3 em nosso organismo. Em primeiro instante, esse ácido graxo é importante para a integridade das membranas celulares, permitindo melhor sinalização do meio extracelular para o meio intracelular3.
As organelas também necessitam de boas gorduras para que suas funções sejam desempenhadas de forma adequada. Como exemplo, a presença de ômega 3 nas mitocôndrias permite a condução eficaz das reações oxidativas, que são importantes para o fornecimento de energia para o nosso organismo4.
De forma essencial, os ácidos graxos ômega 3 equilibram a formação de eicosanoides pró-inflamatórios, que em excesso, são associados ao aumento de sintomas da inflamação – tanto local, como sistêmica5,6.
Os alimentos marinhos, especialmente os peixes, são boas fontes destas gorduras. Em países do Norte Europeu, observa-se este consumo elevado, sendo uma das características da deita Nórdica7. Por conta da temperatura fria no oceano que banha esses países, os peixes produzem gorduras boas em maior quantidade como forma de defesa.
De acordo com um estudo realizado na Finlândia pacientes obesos que consomem peixes 3 vezes por semana apresentam menor expressão gênica de citocinas pró-inflamatórias. Em adição, a dieta nórdica também é rica em frutas vermelhas, grãos e cereais, que também fornecem nutrientes e fitoquímicos essenciais para a redução da inflamação7.
Referências Bibliográficas
  1. BLACK, H.S.; RHODES, L.E. Potential benefits of omega 3 fatty acids in non melanoma skin câncer. J Clin Med; 5, 23; 2016.
  2. WEISER, M.J.; BUTT, C.M.; MOHAJERI, M.H. Docosahexaenoic acid and cognition throughout the lifespan. Nutrients; 8(2): 99, 2016.
  3. SIMOPOULOS, A.P. An increase in the omega-6/omega-3 fatty acid ratio increases the risk for obesity.Nutrients; 8, 128, 2016.
  4. LOPES-JARAMILLO, P. The role of adiponectin in cardiometabolic diseases: effects of nutritional interventions. J Nutr; 146(2):422S-6S, 2016.
  5. HADIAN, Z. A review of nanoliposomal delivery system for stabilization of bioactive omega 3 fatty acids. Electron Physician; 8(1):1776-85, 2016.
  6. SHAPIRO, M.D.; FAZIO, S. From lipids to inflammation: new approaches to reducing atherosclerotic risk. Circ Res; 118(4):732-49, 2016.
  7. KOLEHMAINEN, M.; ULVEN, S.M.; PAANANEN, J. et al. Healthy Nordic diet dowregulates the expression of genes involved in inflammation in subcutaneous adipose tissue in individuals with features of the metabolic syndrome. Am J Clin Nutr; 101(1):228-39, 2015.

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