segunda-feira, 20 de junho de 2016

Sono. Memória Imunológica.

O sono adequado parece ser um privilégio para muitos. Por diversos motivos, noites de sono são trocadas por outras atividades, causando alterações fisiológicas que podem ser gatilhos para algumas doenças1.
Alguns estudos mostram que os distúrbios do sono podem predispor o ganho de peso, sendo um risco para o desenvolvimento de doenças metabólicas2. Ainda, a redução de melatonina – hormônio do sono, produzido a partir da serotonina – parece desencadear resistência à insulina, por interferir na cascata mediada por este hormônio3,4.
A privação do sono também gera alterações nos níveis de cortisol, e este desequilíbrio está associado a depressão, compulsão alimentar, cansaço, falta de concentração, problemas intestinais e inflamação sistêmica 5,6.
Além de todas essas consequências, os distúrbios do sono podem resultar em problemas imunológicos, deixando o indivíduo mais vulnerável a infecções. Um estudo recente, conduzido pela Universidade de Tuebingen/Alemanha, mostrou que o sono profundo foi responsável por equilibrar a diferenciação de células T – importantes componentes do nosso sistema imunológico, que favorece a memória imunológica. Com isso, o sono profundo é sugerido para fortalecer as reações imunológicas e prevenir a imunossupressão 7.
É importante ressaltar que o aporte adequado de nutrientes é essencial para melhorar o sono. Neste critério, nutrientes como triptofano, magnésio e vitaminas do complexo B podem auxiliar na síntese de melatonina, e assim, favorecer a qualidade do sono8.  Estas condutas devem ser avaliadas e orientadas por um nutricionista de acordo com os sinais e sintomas apresentados.
Referências Bibliográficas
  1. IRANZO, A. Sleep in neurodegenerative diseases. Sleep Med Clin; 11(1):1-18, 2016.
  2. FERREL, J.M.; CHIANG, J.Y. Circadian rhythms in liver metabolism and disease. Acta Pharm Sin B;5(2):113-22, 2015.
  3. BLAZEJOVÁ, K.; NEVSÍMALOVÁ, S.; ILLENOROVÁ, H. et al. Sleep disorders and the 24-hour profile of melatonin and cortisol. Sb Lek; 101(4):347-51, 2000.
  4. HIROTSU, C.; TUFIK, S.; ANDERSEN, M.L. Interactions between sleep, stress, and metaboslim:  from physiological to pathological conditions. Sleep Sci; 8(3):143-52, 2015.
  5. ARCHER, S.N.; OSTER, H. How sleep and wekefulness influence circadian rhythmicity: effects of insufficient and mistimed sleep on the animal and human trasncriptome. J Sleep Res; 24(5):476-93, 2015.
  6. MORGAN, D.; TSAI, S.C. Sleep and the endrocrine system. Sleep Med Clin; 11(1):115-26, 2016.
  7. WESTERMANN, J.; LANGE, T.; TEXTOR, J. et al. System consolidation during sleep- a commom principle underlying psychological and immunological memory formation. Trends Neurosci; 38(10):585-97, 2015.
  8. NAWAZ, M.A.; HUANG, Y.; BIE, Z. et al. Melatonin: current status and future perspective in plant science.Front Plant Sci; 2016.
http://blogvpnutricaofuncional.com/

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